quarta-feira, janeiro 09, 2008

Jamais guardei . . .

Jamais guardei o nome de todos os livros.
A eternidade não consiste em ser eterno,
mas em ser lembrado subitamente.
Minha memória é um gole d'água
e todos os meus rascunhos são subseqüentes à mim.
Escrevo à margem, beirando as entrelinhas.
E não adianta me perguntar o que escuto.
Sou surdo como as pedras.
Escuto como os olhos dos cegos.



Angel Cesar dos Santos Cabeza